Subjetividade, Ideologia e Educação
Como age a instituição escolar no processo capitalístico de fabricação de subjetividades? Qual a relação da produção de subjetividades com o fenômeno da ideologia e da construção social das ideias? Este livro procura compreender filosoficamente essas questões. Na construção deste ensaio, tomei como “fio de Ariadne” a temática da ideologia e sua relação com o sujeito. Parto da concepção marxista da ideologia, fazendo uma revisão do conceito tal como aparece nas principais obras de Marx e Engels, analisando as concepções de Gramsci sobre a questão e concluindo com um marxista proscrito, Althusser, que teve o mérito de ser um dos primeiros a colocar a relação da ideologia com o sujeito, em seu famoso ensaio sobre os aparelhos ideológicos de Estado.
- 2a edição
- Revisada
- Janeiro/2019
- R$48,00
- Preço de capa
- 978-85-7516-855-4
- ISBN
- 172
- Páginas
- 16 x 23 cm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual
Sumário
Prefácio
Capítulo 1
A Concepção Marxista de Ideologia
Marx e Engels: a ideologia como “câmara escura”
Antonio Gramsci: a ideologia como “cimento” social
Louis Althusser: a ideologia e o sujeito
Capítulo 2
Por uma Fenomenologia da Ideologia
Uma concepção fenomenológica da consciência
Ideologia e consciência: o vínculo da materialidade
Ideologia e territorialização: a reprodução da produção
Ideologia e subjetividade: as duas faces de uma mesma moeda
Capítulo 3
Escola, Ideologia e a Construção do Sujeito
Apêndice
O Escravismo como Modo de Produção de Subjetividade
A gênese do escravismo e seu desenvolvimento
Estrutura de classes
Modos de produção e subjetividade
Referências
Orelha
Como age a instituição escolar no processo capitalístico de fabricação de subjetividades? Qual a relação da produção de subjetividades com o fenômeno da ideologia e da construção social das ideias? Este livro procura compreender filosoficamente essas questões. Na construção deste ensaio, tomei como “fio de Ariadne” a temática da ideologia e sua relação com o sujeito. Parto da concepção marxista da ideologia, fazendo uma revisão do conceito tal como aparece nas principais obras de Marx e Engels, analisando as concepções de Gramsci sobre a questão e concluindo com um marxista proscrito, Althusser, que teve o mérito de ser um dos primeiros a colocar a relação da ideologia com o sujeito, em seu famoso ensaio sobre os aparelhos ideológicos de Estado.
A segunda parte deste estudo é marcada pela descrição fenomenológica da ideologia. Inicio com considerações sobre a estrutura da consciência, tomando a noção de má-fé em Sartre como chave para a compreensão do mecanismo básico de ‘entranhamento’ da ideologia social em cada indivíduo. Reich fundamenta a análise da materialidade do fenômeno ideológico, entendido não como conteúdo, mas como estrutura de pensamento e ação. A noção de territorialização desenvolvida por Deleuze e Guattari ajuda a compreender o fenômeno da reprodução da produção do qual já falava Althusser, e Castoriadis fornece pistas para a percepção das relações indivíduo versus sociedade. A conclusão do ensaio é marcada por considerações sobre o papel da escola no processo de subjetivação e disseminação da ideologia e busca possibilidades concretas de se romper com o círculo vicioso imposto pela máquina de produção.
Em suma, o leitor encontrará, aqui, uma série de problemas concernentes à máquina escolar como produtora de subjetividades em série, bem como os desafios a serem enfrentados por aqueles que têm como objetivo uma educação voltada para a singularidade.