O Resgate da Fala Autêntica na Psicoterapia e na Educação
Conceituar a psicoterapia de uma forma útil para a sua prática implica uma visão fenomenológica da fala e da interlocução. O contexto da fala autêntica é o diálogo. É nele que a fala se desdobra em múltiplos significados para a pessoa e na sua expressão. Tal processo leva a transformações no sujeito e cria as condições de um desenvolvimento saudável da personalidade.
- 1a edição
- Janeiro/2016
- R$69,00
- Preço de capa
- 978-85-7516-746-5
- ISBN
- 204
- Páginas
- 16 x 23 cm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual
Sumário
Prefácio
Introdução
Capítulo I
A Fala Original e as Expressões Segundas: Merleau-Ponty
Capítulo II
O Diálogo Genuíno e o Palavreado: Martin Buber
Capítulo III
Dizer Sua Palavra: Paulo Freire
Capítulo IV
A Autenticidade: Rogers
Capítulo V
A Expressão como Decisão
Capítulo VI
Decisão, Interpretação e Reciprocidade
Capítulo VII
Linguagem Direta, Presentificação e Poder
Capítulo VIII
O Resgate da Fala Autêntica na Prática
Considerações Finais
Referências
Orelha
Conceituar a psicoterapia de uma forma útil para a sua prática implica uma visão fenomenológica da fala e da interlocução. O contexto da fala autêntica é o diálogo. É nele que a fala se desdobra em múltiplos significados para a pessoa e na sua expressão. Tal processo leva a transformações no sujeito e cria as condições de um desenvolvimento saudável da personalidade.Essa fala, verdadeira, autêntica, inteira, só se concretiza, portanto, de forma plena quando é dirigida ao outro, realmente ou virtualmente, na lida com o mundo. Muitas de nossas falas não chegam a cumprir essa plenitude de sentidos, ficam no banal, no cotidiano, no repetitivo, não abrem a pessoa para o novo. Então, aquilo que deveria ser a mola propulsora de uma transformação pessoal acaba se reduzindo a uma função de manutenção do que já era, mesmo quando essa situação possa ser a principal responsável por uma vida estagnada e sufocada.
No trabalho de ampliar os caminhos para que se criem condições de fazer emergir a autenticidade da palavra em nossa interação com pacientes e estudantes, este livro propõe-se a dizer o que é a fala na maior plenitude de seu sentido e, para isso, toma como interlocutores Merleau-Ponty, Martin Buber, Paulo Freire e Carl Rogers. Do diálogo com os textos desses autores, resulta a ideia de que o processo terapêutico pode ser concebido como um gradual resgate da fala autêntica na vida da pessoa e, por extensão, a educação pode ser entendida como uma promoção desse expressar-se genuinamente no contexto concreto e comunitário onde a pessoa tece sua existência.