O Lugar da Educação na Modernidade Luso-Brasileira no final do século XIX e início do século XX
O livro discute as iniciativas levadas à frente, no campo educacional, por Brasil e Portugal. Para tanto, a abordagem realizada tomou como referências duas cidades: Uberabinha (Brasil) e Mafra (Portugal). Esse recorte espacial se justifica em razão da mudança de regime de governo (monárquico para republicano) que ocorreu nos dois países e trouxe como proposta o ideário moderno de educação, pelo menos em termos de propostas.
- 1a edição
- Novembro/2012
- R$62,00
- Preço de capa
- 978-85-7516-610-9
- ISBN
- 208
- Páginas
- 14 x 21 cm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual
Sumário
Apresentação
Introdução
Capítulo 1
República, Educação e Modernidade no Brasil e em Portugal
Considerações iniciais sobre modernidade, moderno e modernização
Educação e república no Brasil
Reformas do ensino na república brasileira
Portugal no mundo do século XIX
Reformas do ensino na república portuguesa
Educação em Portugal: do global ao local
Capítulo 2
Minas Gerais e a Organização Nacional da Educação
Sociedade e educação no Brasil Republicano
Urbanização e educação na Minas Republicana
Reforma João Pinheiro: grupo escolar e a modernidade pedagógica
Reforma Francisco Campos: a modernidade do mundo urbano industrial
Capítulo 3
O Lugar do Município na Modernidade Luso-brasileira: ações educacionais em Uberabinha e Mafra
Panorama histórico-educacional de Uberabinha
Panorama histórico-educacional de Mafra
Considerações Finais
Referências
Orelha
O analfabetismo foi visto como fator gerador de problemas econômicos e sociais no Brasil e em Portugal no fim de século XIX e no começo do século XX. Inversamente, a educação escolar foi vista como fator central para que esses países progredissem e se modernizassem. Alvo do descaso da monarquia de cá e de lá, a educação do povo, ou a extinção do analfabetismo, esteve na pauta dos agentes políticos da primeira República brasileira e dos republicanos de Portugal (embora, lá, a República tenha sido instaurada algumas décadas após a monarquia dar lugar ao republicanismo aqui). A autonomia relativa e os princípios de descentralização advindos do governo republicano puseram em pauta a instrução pública, que ganhou importância, pelo menos discursivamente, na estruturação política, econômica, social e cultural de ambos os países. Ela se alinhava aos ideais de democracia, progresso e ordem – princípios do liberalismo. Passou a ser vista pela elite governamental como via de ascensão social e sustentação do chamado Estado democrático de direito. Por isso, mas não só, verifica-se um movimento expressivo pró-educação pública no Brasil e em Portugal.
Neste sentido, o livro O Lugar da Educação na Modernidade Luso-Brasileira no final do século XIX e início do XX, tem a intenção de discutir as iniciativas levadas à frente, no campo educacional, por Brasil e Portugal. Para tanto, a abordagem realizada tomou como referências duas cidades: Uberabinha (Brasil) e Mafra (Portugal). Esse recorte espacial se justifica em razão da mudança de regime de governo (monárquico para republicano) que ocorreu nos dois países e trouxe como proposta o ideário moderno de educação, pelo menos em termos de propostas.
Assim, com a República, emerge um debate intenso sobre a expansão do ensino público, o qual ganha ressonância no âmbito municipal; prova disso são os numerosos decretos e leis relativos à necessidade de se implantar a escola pública nas duas cidades, isto é, a educação passa a ser considerada como condição sine qua non para se chegar à moderni-dade.