Fragilidade no envelhecimento e interdisciplinaridade

O envelhecimento é uma área do conhecimento que rapidamente acumula novas informações, principalmente, de caráter multi, inter e transdisciplinar. A ‘fragilidade do idoso’ é uma síndrome descrita a partir da década de 2000 e que se demonstrou como forte marcador de eventos negativos à saúde, ganharam destaque sobremaneira: características próprias desse grupo etário que impactam forte e amplamente em todos os desfechos clínicos, psicopatológicos, sociais e de sobrevida. Este trabalho tem o objetivo de trazer maior conhecimento do processo da fragilidade no envelhecimento nos dias atuais. Seu propósito é diminuir as lacunas científicas na formação para a Gerontologia, de maneira interdisciplinar e inovadora.

Velhice e Sociedade
1a edição
Novembro/2022
R$76,00
Preço de capa
978-65-5755-041-0
ISBN
250
Páginas
16 x 23 cm
Formato
Português
Idioma
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Exclusivo para Professores

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Sumário

Apresentação

Capítulo 1
Fragilidade: histórico, definições e medidas operacionais
Priscila Pascarelli Pedrico do Nascimento
María Jesús Arenas Márquez
Dayane Capra de Oliveira
Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio
Paula Teixeira Fernandes
André Fattori

Capítulo 2
Fragilidade, Funcionalidade e Multimorbidade
Erika Valeska da Costa Alves
Thaís Sporkens Magna
Ligiana Pires Corona

Capítulo 3
Desfechos em Fragilidade: fragilidade severa e mortalidade
Daniel Vicentini de Oliveira
Mônica Andrade Tobias
Ligiana Pires Corona

Capítulo 4
Exercício Físico: fator chave para prevenção e reversão da fragilidade
Vinícius Nagy Soares
Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio
Leonardo Cavalheiro Scarpato
Cássio José Silva Almeida
Thaís Sporkens Magna
Paula Teixeira Fernandes

Capítulo 5
Comprometimento do Estado Nutricional e Fragilidade
María Jesús Arenas Márquez
Carola Rosas Ordóñez
Vinícius Nagy Soares
Ligiana Pires Corona

Capítulo 6
Fragilidade Sob o Olhar Ampliado: os determinantes psicossociais
Priscila Pascarelli Pedrico do Nascimento
Carola Rosas Ordóñez
Hélio Mamoru Yoshida
Paula Teixeira Fernandes

Capítulo 7
Cognição e Fragilidade
Maria do Carmo Correia de Lima
Debora Lee Vianna Paulo
Vinícius Nagy Soares
Paula Teixeira Fernandes

Capítulo 8
Vida Vibrante, Mente Brilhante!
O que a neurociência tem a nos dizer sobre a função cognitiva?
Vinícius Nagy Soares
Hélio Mamoru Yoshida
Paula Teixeira Fernandes

Capítulo 9
Aspectos Genéticos da Longevidade
Iscia Lopes Cendes

Capítulo 10
Inflamação Crônica na Síndrome da Fragilidade do Idoso
Daniel Eduardo da Cunha Leme
Vinícius Nagy Soares
Erika Valeska da Costa Alves
André Fattori

Capítulo 11
Variabilidade dos Dados de Fragilidade
Daniel Eduardo da Cunha Leme
Daniel Vicentini de Oliveira
Debora Lee Vianna Paulo
André Fattori

Orelha

A história do interesse humano sobre a fragilidade é marcada por ilusões. Primeiro, que a vida eterna é um milagre ao alcance da humanidade. Depois, que a juventude eterna é que é um milagre ao alcance das nossas mãos, seja por meios mágicos, seja por meio das tecnologias geradas pela ciência. Como essas duas coisas não se provaram possíveis, passamos a acreditar que é possível morrer com saúde, com manutenção da atividade e com domínio sobre o ambiente e sobre nosso funcionamento.
Com esse novo Graal quase à vista, nos últimos 30 anos cientistas e clínicos de várias áreas partiram em busca dos fatores genéticos e ambientais que determinam o declínio característico do envelhecimento. Um grande progresso foi feito quando aceitaram que sim, o envelhecimento resguarda um potencial de continuidade do bom funcionamento, cujos limites divergem imensamente entre humanos diferentes entre si, que vivem em distintos contextos e que são afetados por diferentes histórias. Paralelamente, foram derivadas evidências de que a manutenção de um nível ótimo de funcionamento, e o aumento da vulnerabilidade traduzido na síndrome geriátrica de fragilidade são fases consecutivas, não simultâneas, das vivências do envelhecimento. Isto valeria para a espécie e, assim, os esforços de controle do início, da duração, do ritmo e das consequências da fragilização típica do envelhecimento devem estar postos no prolongamento das condições de saúde e no adiamento da vulnerabilidade. Os caminhos mais prováveis para angariar sucesso na empreitada são os da interdisciplinaridade e do trabalho em grupo.
Esta coletânea de textos traduz esse roteiro de interesses e esforços que, desde os anos 1990, refletiram-se na atuação de várias forças-tarefa localizadas em diversos países em todo mundo. O Brasil integrou-se a esses esforços e interesses a partir de 2006, quando aqui se formaram os primeiros grupos de especialistas para estudar fragilidade. Entre eles está o grupo formado por signatários dos artigos que compõem esta coletânea e que representam a segunda geração de estudiosos, sediados na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.
Liderados pelos professores André Fattori, Ligiana Pires Corona e Paula Teixeira Fernandes, os componentes do grupo produziram textos de recorte bem didático, representativos dos novos enfoques disciplinares e interdisciplinares sobre a etiologia, os determinantes e o controle da fragilidade. Além das centenas de artigos e de outros documentos científicos já publicados, esta é a quarta coletânea publicada pelo grupo da Unicamp dedicada ao estudo da fragilidade, cumprindo o objetivo de contribuir para a formação científica e clínica de estudantes de graduação e de pós-graduação em Geriatria e Gerontologia.

Profa. Dra.Anita Liberalesso Neri

Referencia

FATTORI , André; PIRES CORONA, Ligiana ; TEIXEIRA FERNANDES, Paula (orgs.). Fragilidade no envelhecimento e interdisciplinaridade. Campinas: Alínea, 2022.