Educação Química no Brasil: memórias, políticas e tendências
O livro apresenta contribuições de pesquisadores brasileiros para o aprofundamento de reflexões e debates que, hoje, permeiam os interesses e as inquietações da comunidade de educadores e pesquisadores que atuam na área. Nele, são tratados diferentes temas, compondo um mosaico da complexidade do pensar e fazer Educação Química.
- 2a edição
- Revisada
- Novembro/2012
- R$75,00
- Preço de capa
- 978-85-7670-205-4
- ISBN
- 296
- Páginas
- 14 x 21 cm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual
Sumário
Apresentação
PARTE I – MEMÓRIAS
Capítulo 1
Educação Química no Brasil: 25 anos de ENEQ – Encontro Nacional de Ensino de Química
Roseli Pacheco Schnetzler
PARTE II – POLÍTICAS
Capítulo 2
A Comunidade Disciplinar de Ensino de Química na Produção de Políticas de Currículo
Rozana Gomes de Abreu e Alice Casimiro Lopes
Capítulo 3
O Programa Nacional do Livro Didático de Química no Contexto da Educação Brasileira
Agustina Echeverria, Irene Cristina Mello e Ricardo Gauche
Capítulo 4
Políticas e Práticas de Livros Didáticos de Química: o processo de constituição da inovação X redundância nos livros didáticos de Química de 1833 a 1987
Eduardo Fleury Mortimer e Wildson Luiz Pereira dos Santos
Capítulo 5
Formação Docente no Ensino Médio: táticas curriculares na disciplina escolar Química
Maria Inês Petrucci Rosa, Andréa Varsone Carreri e Tacita Ansanello Ramos
Capítulo 6
A Expansão de Espaços para Formação de Professores de Química: atividades de ensino, pesquisa e extensão a partir da Licenciatura em Química
Adriana Vitorino Rossi e Luiz Henrique Ferreira
PARTE III – TENDÊNCIAS
Capítulo 7
Formação de Professores de Química na Perspectiva da Cultura: reflexões sobre a noção de identidade profissional
Maria Inês Petrucci Rosa, Ana Carolina Garcia Oliveira, Adriana Cristina Pavan e Dulcelena Peralis Corradi
Capítulo 8
Pesquisa e Autonomia do Professor de Química
Ricardo Gauche e Elizabeth Tunes
Capítulo 9
Ensino de Química, Cultura Escolar e Cultura Juvenil: possibilidades e tensões
Murilo Cruz Leal e Maria Fernanda Rivetti da Silva Rocha
Capítulo 10
Da Química às Ciências: um caminho ao avesso
Attico Inácio Chassot
Capítulo 11
Tendências Curriculares no Ensino de Ciências/Química: um olhar para a contextualização e a interdisciplinaridade como princípios da formação escolar
Lenir Basso Zanon
Capítulo 12
O Professor de Química e seu Papel na Profissão de Químico
Aécio Pereira Chagas
Capítulo 13
A Pós-graduação e a Formação do Educador Químico: tendências e perspectivas
Otavio Aloísio Maldaner
Sobre os Autores
Orelha
A pesquisa em Educação Química no nosso país, embora recente, tem importante contribuição na produção de conhecimentos e, consequentemente, para a melhoria do ensino de Química.
A educação em ciências é reconhecida, hoje, como uma das ferramentas culturais de que as pessoas podem dispor para auxiliá-las na compreensão e tomada de decisões frente às exigências que o desenvolvimento científico e tecnológico está impondo para a sociedade. Nesse cenário, situa-se a educação em Química, com as diferentes perspectivas que essa ciência oferece para se compreender o mundo.
Este livro, Educação Química no Brasil: memórias, políticas e tendências, apresenta contribuições de pesquisadores brasileiros para o aprofundamento de reflexões e debates que, hoje, permeiam os interesses e as inquietações da comunidade de educadores e pesquisadores que atuam na área. Nele, são tratados diferentes temas, compondo um mosaico da complexidade do pensar e fazer Educação Química.
Resgatar a constituição e desenvolvimento da área a partir das contribuições dos Encontros Nacionais de Ensino de Química – ENEQ - como é feito na parte I do livro, traz ao leitor uma visão histórica e contextuada das linhas de investigação dos vários grupos que foram se formando nesse período. A história localiza e auxilia a compreender algumas das concepções e propostas curriculares para o ensino de Química, produzidas por grupos de pesquisa, que podem, de alguma forma, influir na formulação de políticas curriculares para o ensino médio.
Na parte II, a perspectiva das políticas públicas é abordada, não apenas no âmbito de propostas curriculares, como tratado no capítulo 2, mas também do livro didático e da formação de professores. É apresentada uma discussão sobre o Programa Nacional do Livro Didático - PNLEM 2008 - no capítulo 3, e sobre as inovações que vêm sendo propostas pelos diferentes grupos de pesquisa que têm como foco de interesse a produção de material didático, no capítulo 4. Os reflexos dessas políticas na formação docente são discutidos nos capítulos 5 - em que os autores enfocam as táticas práticas pelos docentes do ensino médio ao entrarem em contato com as estratégias das propostas curriculares oficiais - e 6, em que é discutida a necessidade de valorização da formação de professores e pesquisadores no contexto das universidades.
Na parte III, são apresentadas algumas das tendências atuais nos debates sobre a Educação Química, que refletem estudos e pesquisas que abordam a formação de professores, destacando a noção de identidade profissional (capítulo 7), a autonomia do professor (capítulo 8) e a formação profissional do químico (capítulo 12); questões relativas a conteúdos curriculares, suas relações com a cultura dos jovens (capítulo 9), a necessidade de superações de barreiras disciplinares na perspectiva da alfabetização científica (capítulo 10), da contextualização e interdisciplinaridade (capítulo11). Finalizando o livro, é apresentada uma discussão sobre a produção do conhecimento no campo da Educação Química e a relevância da pós-graduação na formação do educador químico (capítulo 13).
Este livro, escrito por educadores de reconhecida competência e inserção na área da Educação Química, é leitura obrigatória a todos os interessados na melhoria do ensino de Química - estudantes, professores, pesquisadores - pois pode ampliar conhecimentos, provocar reflexões e suscitar ideias, posicionamentos e discussões, contribuindo para o aprofundamento das interações entre docência e pesquisa, tão necessárias frente aos desafios que hoje são postos pela educação científica.
Profa. Dra. Maria Eunice Ribeiro Marcondes
GEPEQ, IQ-USP