Educação Pública, Estado Zero: tendências de privatização no âmbito da Nova Gestão Pública na Inglaterra
- 1a edição
- Agosto/2021
- R$49,00
- Preço de capa
- 978-65-5755-026-7
- ISBN
- 152
- Páginas
- 16 x 23 cm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual
Sumário
Prefácio
Apresentação
Capítulo I
Estado em Mutação: das distopias do welfare state ao Estado Mínimo da era Neoliberal
Breves aportes conceituais da perspectiva marxiana sobre o Estado
Estado de Bem-Estar Social e a suposta face social do capitalismo
Novas metamorfoses do Estado e a ascensão do neoliberalismo nas agendas governamentais
Capítulo II
Estado e Políticas Públicas: vicissitudes e antinomias entre capitalismo e democracia
Desigualdade estrutural e altruísmo dos ricos: da filantropia à privatização
A Nova Gestão Pública como mecanismo de mutação da esfera pública
A adoção da Nova Gestão Pública nas agendas governamentais em diferentes contextos
Capítulo III
Processos Constitutivos e Constituintes do Neoliberalismo na Realidade Britânica
Dimensões gerais da educação pública na Inglaterra
Academies na Inglaterra: dimensões históricas e configurações normativas
As sponsored academies e a intensificação do hibridismo entre as esferas pública e privada
As sponsored academies e o sistema de trustes: baluarte da privatização da educação pública
As sponsored academies a partir de uma perspectiva crítica: vicissitudes da proposta
Considerações Finais
Posfácio
Referências
Orelha
Temos presenciado, no cenário atual, o acirramento da lógica privatista no setor público e o redesenho do papel do Estado como provedor de direitos sociais. Os modelos trazidos do sistema de mercado, fundados na ideia de que a concorrência determina a qualidade e o merecimento dos estudantes, têm, na verdade, aumentado as desigualdades.
Apresentando um olhar em paralelo para as dimensões micro e macrossociais, com enfoque na Inglaterra, este livro discute como conquistas e avanços expressivos na consolidação da escola pública, estatal, gratuita e laica se enfraquecem ante a implantação de programas educacionais de caráter mercantil, uma vez que a desigualdade estrutural inerente ao modo de produção capitalista abala os fundamentos da democracia como princípio e inviabiliza a materialização da democracia real.
O processo de privatização da educação é ricamente analisado, considerando-se o perfil privatista de estudante que se constrói nessa lógica e como ele vai servi-la. Trata-se de uma reflexão que abre caminhos para a compreensão desse fenômeno no Brasil, tendo em vista as idiossincrasias e regularidades de ambos os contextos, e que se dirige a educadores, gestores e todos os que acreditam que os sentidos de coletividade, igualdade e solidariedade devem guiar a vida em sociedade e sustentar a relação entre Estado e cidadania em um contexto de democracia.