A Produção do Turismo: fetichismo e dependência
Este livro discute criticamente o fenômeno turístico no capitalismo contemporâneo, além de analisar as concepções teóricas dos pesquisadores brasileiros que têm estudado o tema nos últimos anos. Destaca, ainda, que a expansão dessa atividade em nosso país se dá no contexto do controle capitalista sobre os modos de vida anteriores, na exploração da força de trabalho e no uso e apropriação da natureza por parte do capital. Em poucas palavras, argumenta-se que a produção do turismo pauta-se pelo fetichismo e pela dependência.
- 2a edição
- Revisada
- Setembro/2016
- R$55,00
- Preço de capa
- 978-85-7516-702-1
- ISBN
- 164
- Páginas
- 14 x 21 cm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual
Sumário
Prefácio
Apresentação
Introdução
Capítulo 1
Lazer e Turismo na Sociedade Capitalista
A preparação dos trabalhadores para o turismo
Tempo de trabalho e tempo de lazer turístico
Turismo, massificação e simulacro
O turista, sujeito atuante no mundo da mercadoria
Capítulo 2
Turismo: do fetichismo ao espetáculo
Fetichismo da mercadoria e sociedade do espetáculo
Turismo: expressão do tempo espetacular
A fé religiosa, uma mercadoria turística
Capítulo 3
Produção Científica em Turismo: síntese crítica
A corrente liberal
A corrente do planejamento estatal
A corrente pós-moderna
A corrente crítica
A geografia serve, antes de mais nada, para fazer turismo?
Capítulo 4
O Turismo na Periferia do Capitalismo
Turismo, a reafirmação do mito do desenvolvimento
O arquétipo colonial: o sexo como constituinte do turismo periférico
Os residentes como mercadoria: força de trabalho e exotismo cultural
Turismo e cinema: reforçando estereótipos
Capítulo 5
Brasil: de colônia de exploração a colônia de férias
Um país “abençoado por Deus e bonito por natureza”
O trabalho do turismo no Brasil
Turismo no Brasil: apropriação do espaço e espetáculo
Considerações Finais
Referências
Bibliografia
Orelha
Este livro discute criticamente o fenômeno turístico no capitalismo contemporâneo, além de analisar as concepções teóricas dos pesquisadores brasileiros que têm estudado o tema nos últimos anos. A obra tenta mostrar que o desenvolvimento dessa atividade sob a égide do capitalismo acaba produzindo relações de dependência. Isso é evidenciado na prática dos diferentes modos de turismo, em especial, no turismo sexual, nas relações quase servis que caracterizam o trabalho no setor turístico e na trans-formação das culturas e paisagens em mercadorias, apropriadas e vendidas pelo turismo. Especificamente em relação ao Brasil, verificamos que a ideologia do turismo, ao tentar vender a imagem do país fundamentada nas ideias de um “paraíso natural”, leva ao determinismo geográfico. O livro destaca, ainda, que a expansão dessa atividade, em nosso país, dá-se no desrespeito dos modos de vida anteriores, na exploração da força de trabalho e no uso e apropriação da natureza por parte do capital. Em poucas palavras, argumentamos que a produção do turismo pauta-se pelo fetichismo e pela dependência.