A Construção da Climatologia Geográfica no Brasil
A esta altura de minha vida, ultrapassados os oitenta anos, apelei para os co-autores do presente trabalho, a fim de discutirmos a diretriz a ser tomada sobre a “divulgação” de uma obra que tem demorado a atingir uma prática mais efetiva, já que se desenvolve por mais de meio século.
Espero que o presente esforço de divulgação surta algum efeito em benefício dos estudantes de Geografia e jovens geógrafos, e que, no exterior, ele possa merecer alguma atenção como meio de constatar que, no hemisfério sul, na América Latina e, mais especificamente, no Brasil – em esforço de desenvolvimento econômico e cultural –, também podemos propor algo relativo à área.
Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro
- 1a edição
- Março/2015
- R$62,00
- Preço de capa
- 978-85-7516-727-4
- ISBN
- 194
- Páginas
- 16 x 23 cm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual
Sumário
Apresentação
Capítulo 1
As Matrizes da Construção da Climatologia Geográfica Brasileira
João Lima Sant’Anna Neto
Protoclimatologia brasileira: o período pré-monteriano
Os avanços da Meteorologia Dinâmica: Bjerknes e Rossby e as escolas de Bergen e de Chicago
A construção de uma abordagem geográfica do clima: tentativa de periodização da Climatologia Geográfica
O impacto das obras de Max Sorre e Richard Hartshorne
As matrizes “monterianas” de construção de um paradigma: o ritmo
Considerações finais
Capítulo 2
A Climatologia Geográfica no Brasil e a Proposta de um Novo Paradigma
Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro
Revisão conceitual
A proposta do novo paradigma
Os climas urbanos
Um quadro de referência teórica para estudos do clima urbano (o clima urbano como um sistema dinâmico adaptativo)
Um programa de pesquisa e suas limitações
Capítulo 3
O Estudo do SCU – Sistema Clima Urbano – no Brasil: aplicações e avanços
Francisco Mendonça
A urbanização brasileira e seus problemas a partir de meados do século XX
Problemas de clima urbano: a proposta SCU (Sistema Clima Urbano) de Monteiro (1976)
SCU – aplicações, estudos de caso e avanços no Brasil
Sintetizando a discussão
Capítulo 4
Dinâmica Atmosférica e Análise Rítmica: a contribuição do brasileiro Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro à França de Pédelaborde e à Itália de Pinna
João Afonso Zavattini
Preâmbulo
A influência francesa nos cursos de Geografia no Brasil e a repercussão na climatologia
A aceitação do conceito de Clima de Sorre: Monteiro, Pédelaborde e Pinna
A análise rítmica de Monteiro chega à França: Besancenot se confunde e surpreende!
Considerações finais
Anexo
Orelha
Minha contribuição mais significante como geógrafo, ao longo da segunda metade do século XX, foi, sem dúvida, dirigida à Climatologia. Até então, mais personificado como “Rudimentos de Meteorologia”, o estudo do Clima, no âmbito da Geografia, tinha mais a ver com uma quantificação dos elementos atmosféricos sem a necessária qualificação genética e dinâmica comportamental dos processos.Contra o procedimento geral, lancei-me à procura de uma revisão conceitual e das práticas comportamentais (dinâmicas), já iniciadas pela Teoria da Frente Polar (1917). Lenta, mas persistentemente, elaborei uma série de artigos, capítulos de livros, aconselhamentos didáticos para o ensino de grau médio, até chegar a trabalhos especiais, teses e especulações teóricas visando à produção de um novo paradigma que saísse do domínio estático, exclusivo das médias, para a dinâmica do ritmo.
A esta altura de minha vida, ultrapassados os oitenta anos, apelei para os co-autores do presente trabalho, a fim de discutirmos a diretriz a ser tomada sobre a “divulgação” de uma obra que tem demorado a atingir uma prática mais efetiva, já que se desenvolve por mais de meio século.
Espero que o presente esforço de divulgação surta algum efeito em benefício dos estudantes de Geografia e jovens geógrafos, e que, no exterior, ele possa merecer alguma atenção como meio de constatar que, no hemisfério sul, na América Latina e, mais especificamente, no Brasil – em esforço de desenvolvimento econômico e cultural –, também podemos propor algo relativo à área.
Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro